Reinaldo

Chapas definidas (E fracas) expõe fragilidade dos candidatos no pleito em Goiás

A união de partidos e grupos em torno de nomes vão dar o tom da campanha deste ano, a divisão da oposição enfraqueceu as chapas majoritárias e neste quesito quem se deu melhor foi Iris Rezende (PMDB) que conseguiu trazer para o seu lado o Deputado Federal Ronaldo Caiado (DEM), um peso pesado da política em Goiás. A base aliada do Governador Marconi Perillo tentou até o último instante fritar José Eliton, mas foi barrada em suas pretensões pelo próprio Governador que não autorizou mudanças, o vice é uma figura que soma na campanha, mas é visto com certa insignificância perante o candidato central, José Eliton foi mantido na disputa pelo próprio Marconi e sem o apoio incondicional de toda a base.
Se em 2010 a chapa do PSDB tinha Demóstenes Torres gozando de um prestígio inabalável até então e formou o trio com um apadrinhado de Caiado, o desconhecido José Eliton, para este ano Marconi Perillo terá uma prova de fogo para consolidar outra vitória consagradora como aquela da eleição passada, onde venceu as máquinas Federal (Lula), Estadual (Cidinho) e Municipal (As principais cidades do estado), nesta eleição o Governador estará basicamente sozinho, já que seus parceiros nunca foram campeões de votos e pouco vão ajudar neste pleito.
Marconi Perillo é o maior nome da chapa governista, enfrenta uma rejeição mostruosa e terá a missão de carregar seus parceiros de chapa até a vitória, pois se superar a desaprovação da população pode fazer a diferença em Outubro.
O PT que tudo quer pode acabar sem nada, chapa pura é o melhor que eles conseguiram apresentar para a sociedade, Marina para o Senado já resumiria a fragilidade petista nesta eleição e o desconhecido Tayrone Di Martino seria uma aposta para o futuro. A propagada competência de Antônio Gomide contrasta com a incompetência administrativa do corpo diretivo do PT, que caso um desastre aconteça e o PT vença a eleição, os caciques do partido é que vão ser elevados a condição de administradores do estado, assim como vem fazendo em Goiânia.
Tendo Paulo Garcia como cabo eleitoral, o PT já entra na briga tomando um capote e a menos que a população esteja maluca de pedra eles ganham esta eleição. Oremos!
Vanderlan Cardoso que começou 2014 agitando os bastidores e se apresentando como um nome forte, acaba este período de convenções enfraquecido, e assim como o PT, só ganha a eleição se os votos forem de protesto, já que sem apoio é muito difícil que Vanderlan chegue há algum lugar.
Iris Rezende e conturbado PMDB tanto bagunçaram que acabaram por se dar bem ao montar um chapão para disputar. Se o dinheiro de Friboi poderia dar sustentação na campanha, o prestígio de Iris e Caiado podem fazer a diferença também, já que votos eles tem.
Tanto Iris, quanto Caiado passaram por cima de suas próprias ideias e convicções, os dois juntos e falando o mesmo idioma parecia algo improvável até para o mais otimista dos pemedebistas, mas aconteceu e sabendo superar as diferenças passando essa credibilidade ao eleitor, eles podem sim conseguir levar esta eleição.
Os cabeças de chapas, com sua experiência, credibilidade e poder de convencimento podem fazer toda a diferença nesta eleição, seria ilusão para o Vanderlan depender do apoio de Cidinho para vencer, da mesma forma é difícil imaginar que Vilmar Rocha e José Eliton tenham votos suficientes para fazer a diferença pró Marconi ou que a chapinha do PT possa sustentar a candidatura de Gomide. Apesar de sempre ter vencido Vilmar Rocha, Caiado só é favorito ao Senado, pois não costuma ir bem em eleições majoritárias, por outro lado pode ser considerado um fenômeno nos pleitos proporcionais.
 É a eleição em Goiás segue em aberto, não há um favorito disparado, todas as chapas são deficientes, tem suas fragilidades e contam com a incógnita do que esta pensando o eleitorado que até outro dia exigia uma mudança de postura dos políticos, e não só de um determinado governo, mas de toda a classe política que tem deixado a desejar. 
Em convenção do PT, Gomide afirma que Celg e Saneago serão prioridades, caso eleito | Jornal Opção

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